I Colóquio Inclusão e DiversidadeI Colóquio
Nos dias 9 e 10 de setembro de 2022, o Centro Cultural de Chaves acolheu o Colóquio com o tema “Educação Inclusiva: Oportunidades e Desafios.”








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Nos dias 9 e 10 de setembro de 2022, o Centro Cultural de Chaves acolheu o Colóquio com o tema “Educação Inclusiva: Oportunidades e Desafios.”
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Colóquio saber mais: https://congressocerci.wixsite.com/2022
No âmbito do protocolo assinado, a 24 de fevereiro, entre a Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Comando Territorial de Vila Real e o Município de Chaves, já foi dado início às sessões de hipoterapia no picadeiro do Destacamento Territorial de Chaves.
O protocolo envolve a cedência do cavalo e picadeiro para as sessões de hipoterapia que contam com o trabalho de técnicos, educadores e terapeutas. Cabe à autarquia, para além da logística de transporte e manutenção, proceder à articulação com as IPSS’s e as Escolas, de forma a identificar e encaminhar os potenciais beneficiários.
A hipoterapia é um método terapêutico que recorre à interação do cavalo no sentido de desenvolver o funcionamento cognitivo, emocional ou fisiológico de pessoas com limitações, A iniciativa surgiu em 2020 e foi agora colocada em prática, após algum tempo de preparação do cavalo.
Ler a notícia em: https://www.diariodetrasosmontes.com/reportagem/picadeiro-da-gnr-abre-portas-para-sessoes-de-hipoterapia-em-chaves
A jovem flaviense tem expostos vários quadros no Teatro Experimental Flaviense (TEF) e três deles são para venda. As receitas revertem para a Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidade (Cerci) de Chaves.
Foi através da prima, que tem Trissomia 21, que Sofia Condez Alves, de 17 anos, conheceu a Cerci de Chaves. O dinheiro angariado será para conseguir adquirir um espaço onde possam ser desenvolvidas atividades destinadas a pessoas com deficiência.
“Ela é das minhas pessoas preferidas, é a pessoa com quem eu mais gosto de estar. É por esse motivo que eu tento doar o máximo de dinheiro para que a Cerci possa concretizar este objetivo”, referiu a jovem pintora. Os seis quadros presentes foram pintados em acrílico e óleo.
A jovem conta que a paixão pela pintura nasceu desde muito cedo, quando tinha apenas 7 anos. A terminar o 12º ano na Escola Secundária Fernão de Magalhães, na área de Economia, é sobretudo ao sábado que se dedica a este seu hobby, uma forma de relaxar e de se abstrair do dia-a-dia.
“São duas áreas que eu adoro, embora sejam completamente opostas”.
Quem vê as suas obras é fácil de perceber a apetência pelas cores fortes e pelas formas geométricas, dando uma imagem menos realista aos trabalhos.
É na galeria de arte da Mariana Dias que esta flaviense desenvolve o seu trabalho, desde os 8 anos, e onde vai aperfeiçoando a técnica.
Além desta mostra, Sofia Condez Alves já expôs no Forte São Francisco numa exposição coletiva e faz ainda trabalhos de pintura através de fotografias ou outras imagens.
Adalgisa Portugal conta que foi há cerca de dois anos que conheceu a jovem artista e desde então têm desenvolvido algumas atividades em conjunto.
“Na realidade não é muito normal encontrarmos jovens com este coração e espírito de solidariedade para com os outros. A prima foi uma das razões, mas acredito que não é só isso, porque só quem tem um bom coração é que consegue dar-se como ela se está a dar”, sublinha presidente da Cerci.
A Cerci de Chaves existe há 5 anos mas ainda não tem uma “casa”. Esta é, aliás, a principal dificuldade da instituição que está neste momento a funcionar nas instalações do antigo jardim de infância de Santa Cruz/Trindade, espaço cedido pela autarquia flaviense em regime de comodato.
É um espaço pequeno que “vai servindo para termos as nossas coisas”, mas “na realidade precisamos de instalações para dinamizarmos os nossos serviços” e “desenvolver atividades, que sem instalações torna-se impossível”, e para a criação de protocolos ao nível da Segurança Social (SS).
A ideia, sublinha, é que em breve “consigamos ter um espaço onde os alunos com mais necessidades possam ter, durante o tempo que não há aulas, um lugar onde estar”.
“Apesar de haver férias desportivas, ATL, esses espaços não aceitam estas crianças, por limitações várias. O que acontece é que estas crianças na sua maioria depois das aulas ficam em casa. Os pais têm muitas vezes de prescindir do trabalho e acaba por ser muito desgastante que vivem apenas em função daquele familiar”.
Esta professora garante que diariamente saem de Chaves mais de 30 jovens para concelhos vizinhos, como Boticas e Valpaços, que dispõem de locais adequados para apoiar estas pessoas.
A criação de um espaço em Chaves para apoiar jovens com deficiência é uma ambição antiga da instituição, mas Adalgisa Portugal assegura que desistir não é uma opção e pessoas como a Sofia têm sido uma inspiração para continuar nesta luta.
Adalgisa Portugal, que é também professora no Agrupamento de Escolas Dr. António Granjo (AEAG), lamenta ainda que a sociedade não esteja totalmente desperta para a área da deficiência.
A Cerci de Chaves apoio cerca de 15 pessoas até aos 40 e as suas famílias, num trabalho realizado de forma voluntária. Até ao mês passado, a instituição contava com um apoio financeiro por parte da Câmara de Chaves no âmbito do projeto “Casa”, uma iniciativa que levava até casa destas pessoas várias terapias, nomeadamente terapia da fala, ocupacional e de psicomotricidade. Dez utentes estão também a receber tratamento de hipoterapia, uma iniciativa promovida pela Guarda Nacional Republicana (GNR) de Chaves em parceria com o município.
São sobretudo jovens que já completaram a escolaridade obrigatória o principal alvo da Cerci, uma vez que depois de sair do sistema de ensino obrigatório estas pessoas ficaram sem qualquer tipo de resposta.
“Aquele investimento que andamos a fazer na escola durante 18 anos para que é que serviu? Para nada, porque depois deixaram de ter qualquer tipo de apoio”, disse.
“É muito difícil viver só das quotas dos sócios, que são poucos. Felizmente vamos tendo pessoas como a Sofia que nos vão ajudando e temos ainda a campanha do Pirilampo Mágico, que com o aparecimento da covid-19 também não correu muito bem”, havendo igualmente falta de gente para ajudar na venda do pirilampo, acrescentou.
A exposição presente no Cine Teatro Bento Martins é uma iniciativa promovida pelo TEF que pretende, mensalmente, divulgar o talento dos jovens artistas da cidade. A mostra de arte pode ser visitada, e os quadros para venda adquiridos, até ao final do mês.